Vacina contra febre amarela: vírus se alastra e SP vai fracionar a vacina

O Estado de São Paulo terá que aplicar doses fracionadas da vacina contra febre amarela no próximo mês. Essa atitude deve ser seguida pelos estados do Rio de Janeiro e Bahia. Tal medida se deve após a constatação de que a circulação do vírus se alastrou e ameaça regiões que até então, eram consideradas livres da doença.

Pensando nisso, para não faltar o imunizante para a população, a ideia é dividir as doses. Entre as regiões que entraram para o planejamento, está o litoral norte paulista. Contudo, a dose fracionada será mais fraca do que a dose oferecida atualmente. Sua proteção será até 9 anos, enquanto a atual protege durante toda a vida.

Como funciona a vacina contra febre amarela

Desde abril do ano passado, o Brasil começou com a campanha de vacinação, com dose integral, necessária apenas uma única vez. Apesar de ter limite máximo de nove anos, a nova estratégia ganhou força depois de realizados estudos da Comissão Nacional de Imunização, mudaram o entendimento de que a duração seria de apenas um ano. Essa estratégia já foi utilizada em outros países, com o aval da OMS.

Justificativa

O objetivo é fazer com que o máximo possível de pessoas sejam imunizadas. A intenção é vacinar toda a população do Estado até o final do ano. Em São Paulo, 69% dos municípios não atingiram a meta de vacinar 95% da população.

Entre julho de 2016 e junho de 2017, o Brasil registrou o maior surto de febre amarela da história, que afetou principalmente a região Sudeste do país. Neste período, foram registrados 779 casos em humanos e 262 mortes. Desde Julho, foram 330 casos e uma morte.

A vacinação da dose integral será mantida, porém só será realizada em casos específicos. Ela será aplicada, em pessoas que viajarão para países onde é exigido o certificado da vacina contra febre amarela e em ações desenvolvidas pela Secretaria de Saúde de São Paulo, onde as equipes percorrem os locais onde há matas nativas, e oferecem a vacinação de casa em casa.