Hepatite A: proteja-se contra o surto da doença registrado em São Paulo

A cidade de São Paulo está vivendo um surto de hepatite A e muitas pessoas ainda não sabem disso. Desde janeiro deste ano até o mês de outubro, houve aumento de 960% no número de casos confirmados da doença, comparado ao mesmo período de 2016.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, até o final de outubro foram registrados 604 casos da doença, enquanto no mesmo período do ano passado foram reportados apenas 57 casos.

A doença infecciosa causada pelo vírus VHA é desenvolvido em um processo inflamatório no fígado.

Esse surto já foi responsável pela morte de duas pessoas e deixou mais quatro pessoas na fila de emergência para transplantes. No total, 155 pessoas já foram hospitalizadas.

Causas da Hepatite A

Em São Paulo, o aumento de casos da hepatite A se deve principalmente devido a prática de sexo oral e anal sem nenhum tipo de proteção, também se deve da ingestão de água e alimentos contaminados.

A maioria dos casos foi registrados em homens entre 18 e 39 anos, esse índice corresponde a 80% dos casos de contaminação. Segundo a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), pelo menos 45% dos casos da doença, foram transmitidos através de relações sexuais sem proteção. Outros 10% foram causados devido a ingestão de alimentos e bebidas contaminadas.

Os 45% restante de meios de contaminação ainda estão sendo investigados.

Casos de Hepatite A

A hepatite A é uma doença aguda, febril, viral e de transmissão fecal-oral, normalmente oriunda de locais com pouca qualidade de saneamento básico e condições de higiene precárias. É uma doença geralmente encontrada em crianças, porém os números costumam ser baixos.

Saiba como se proteger

Não existe um tratamento específico para a doença, os tratamento disponíveis são destinados aos sintomas da doença. Na maioria dos casos o organismo é capaz de lutar contra o vírus sozinho e nesses casos, ganha imunidade permanente.

Vale lembrar, que em 1% dos casos, a doença pode evoluir para quadros graves como a hepatite fulminante, e esta pode acabar levando á óbito. A hepatite A não tem cura, mas existe prevenção.

Lave as mãos constantemente

A doença está presente nas fezes, então é imprescindível higienizar as mãos corretamente, após utilizar o banheiro. Se a pessoa já esta infectada com o vírus, o cuidado precisa ser redobrado, caso contrário, poderá contaminar familiares no preparo de alimentos.

Verifique a procedência dos alimentos

Como a transmissão da doença é feita via oral-fecal, a ingestão de alimentos e líquidos contaminados é uma das formas mais comuns de contrair a doença.

Logo, prefira ingerir alimentos e bebidas em locais que tenham as condições de higiene aprovadas por órgãos sanitários. Beba sempre água potável.

Vacine-se

Desde 2014 o SUS disponibiliza gratuitamente a vacina contra a hepatite A para as criança até 5 anos. Pessoas do grupo de risco, também têm acesso a vacina.

Quem não faz parte desse grupo, pode ter acesso a vacina na rede privada. Contudo, a vacina esta em falta na rede privada de São Paulo a pelo menos três meses.

Opte sempre por sexo seguro

Muitos não sabem, porém a doença não é transmitida por fluídos corporais ou secreções, ela é transmitida via contato com as fezes de uma pessoa contaminada. Por isso, sempre que for ter relações sexuais, utilize preservativos.

Sintomas da doença

Os sintomas iniciais costumam ser semelhantes aos do resfriado. Febre baixa, falta de apetite, enjoo, dor de barriga, etc. Porém esses sintomas podem evoluir para sintomas mais claros que podem indicar contaminação.

Os sintomas específicos da doença são a icterícia, que é a cor amarelada da pele e dos olhos, e urina escura semelhante a cor da coca-cola. As fezes também podem ser esbranquiçadas ou acinzentadas.

O diagnóstico da doença é feito por exames laboratorial. Ao notar os sintomas, procura imediatamente um médico.